Clipe Within, Without You - Criado por Marcelo Bonachela

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Ame-se




A experiência afetiva está intimamente ligada à crença de felicidade e realização. Quando uma pessoa não está apaixonada, envolvida por alguém, acredita que sua vida está ‘sem graça’.


Quantas vezes ouvimos a expressão: “A paixão dá um colorido à vida”. Esta crença serve apenas para depreciar a existência e, mais uma vez, depositar no objeto externo toda a expectativa de realização interna de uma pessoa.
Não, eu não estou pregando o narcisismo. Aliás, narcisismo é acreditar que o mundo precisa amá-lo e satisfazê-lo; narcisismo é necessitar que um Eco balbucie incessantemente o seu nome. O ególatra é imaturo, por isso projeta no mundo as suas carências.

Estar apaixonado é bom. Sentir prazer e alegria por estar envolvido numa história de amor é maravilhoso. Apreciar lugares e sensações com alguém especial é mágico. O problema do amor é a “vala comum” que todos se condicionam. Conheci, ao longo de vinte anos como terapeuta, centenas de pessoas que eram plenamente felizes com os amigos, com os familiares, com os inúmeros casos e namorados, enfim, existem pessoas que vivem felizes na multiplicidade, no dinamismo... na extroversão no sentido mais pleno do pensamento junguiano.

Pense bem, sem alguém para amar, “você se torna cinza”, “sem graça”. “Uma pessoa que trabalha e vive sem tesão”. QUANTA FALTA DE AMOR PRÓPRIO! Reaja a este modo infantil e carente de ver a vida. Você deveria ser sua fonte primária de prazer. Lembre-se: “Você vê cada passo de sua própria existência”.
Admire-se, valorize-se, envolva-se por suas cores próprias. 

- MARCELO BONACHELA