Blog com textos do psicólogo junguiano Marcelo Bonachela. Obrigado por sua visita, deixe seu comentário!
Clipe Within, Without You - Criado por Marcelo Bonachela
sexta-feira, 28 de agosto de 2009
As mudanças e a mitologia hindu
Quanto tempo sem postar ... As aulas recomeçaram, as palestras têm sido um sucesso, e não pude atualizar o blog como gostaria ...
Porém, esses dias estava pensando nas mudanças que ocorrem em nossas vidas, e quis escrever um texto sobre a interpretação da mitologia hindu para esse fenômeno.
Na mitologia hindu, existem três deuses que compõem ao trimurti (a tríade divina): BHRAMA, USHINU e SHIVA. Simplificando, BHRAMA é o deus criador, USHINU é o deus conservador e SHIVA o deus transformador.
No pensamento junguiano, buscamos entender os ciclos de acontecimentos através da intervenção desses deuses.
Por exemplo: BHRAMA dá uma paixão para a sua vida, USHINU mantém este amor por meses, anos, fazendo com que tudo pareça perfeito e eterno. Aí, SHIVA, percebendo a corrosão (a deteriorização), transforma esse amor, interferindo com uma mudança (uma amante, um filho, um acidente ...).
Nesse momento, ficamos indignados e pensamos: “Por que os deuses estão me castigando?”.
Não se trata disso. Apenas é o momento de fechar um ciclo, matando o que já não serve mais e permitindo que aconteça uma transformação. Nesta hora, você deve pedir a BHRAMA que inicie algo novo em sua vida.
Aliás, se você perceber, quando estamos sob a influência de SHIVA, nos sentimos pesados, como se tudo estivesse desmoronando, mas, quando o ciclo de BHRAMA entra em nossas vidas, nos sentimos novamente agraciados e renovados, pelo novo amor, por novas oportunidades profissionais, com a saúde recuperada ...
Pense nisso.
Um abraço,
Marcelo Bonachela.
Sexo e Amor
Essa é uma das pranchas da apresentação da palestra sobre Sexo e Amor:
"Na paixão, é como se ambos se transformassem em um só ser humano: há, portanto, uma perda de limites de cada um"
Na próxima quinta-feira, dia 06 de agosto, o evento do BONA FILOSOFIA & BEM-VIVER será a palestra Sexo e Amor. Todas as vagas já foram reservadas, inclusive com um número extra de participantes, o que me deixou feliz.
Na palestra, eu falo sobre sexualidade, as diferenças e semelhanças entre homens e mulheres, o amor romântico, os tabus, frigidez, impotência, masturbação, orgasmo, enfim ... o tema é amplo, e o objetivo dessa palestra é provocar o questionamento nas pessoas, e quiçá, um amadurecimento pessoal, trazendo benefícios para seus relacionamentos na medida em que cada um entende melhor a si mesmo e o corpo e as emoções do(a) parceiro(a).
Embora ainda seja um tema que encontra preconceitos e timidez para ser discutido, é fato que a sexualidade é uma parte fundamental para o bem-estar das pessoas, porque na verdade, se trata de uma aceitação do corpo, de si mesmo e do outro. Falar em sexo também é falar em desejo, prazer, alegria e vida!
Deixem seus comentários.
Até mais!
Marcelo Bonachela
Curso de Tarô
No dia 23 de julho de 2009 teve início o curso de Tarô: Uma visão Simbólica e Mitológica. Todas as vagas foram preenchidas e eu fiquei muito satisfeito, pois este é um curso que eu gosto de oferecer por trabalhar com um assunto tão estigmatizado e que, visto de modo correto, permite o contato com um conhecimento milenar de modo saudável e claro. Ex-alunos, profissionais de Psicologia e outros interessados fizeram parte destes encontros enriquecedores para todos.
Muitos nunca haviam tido contato com o Tarô, vieram por interesse cultural e por saberem que eu trataria este assunto de modo histórico e filosófico, sem deixar de lado o lúdico existente no Tarô. Preparei o conteúdo com carinho, usando o conhecimento adquirido em anos, falando tanto dos aspectos simbólicos das cartas quanto da sua relação com a mitologia grega.
Visto que todo o material simbólico deriva de um nível de experiência humana comum a toda a humanidade, é verdade, que se podem fazer conexões válidas entre alguns símbolos do Tarô e os de outros sistemas. Suas imagens não nascem do nosso intelecto. Elas não se apresentam de maneira lógica.
Para Jung e os junguianos, o Tarô, assim como outros jogos e tentativas primordiais de adivinhação do invisível e do futuro, tinha sua origem em padrões profundos do inconsciente coletivo, com acesso a potenciais de maior percepção à disposição desses padrões. Estes ‘jogos’ são – assim como os ‘Sonhos’ e a ‘Caixa de Areia’ - outra ponte não-racional sobre o aparente divisor de águas entre o inconsciente e a consciência. Abaixo, duas pranchas da apresentação (uma falando sobre o significado da carta, e outra com base na Mitologia:
Para ver as figuras em tamanho maior, clique nelas)
Nesta quinta-feira, 30/07, teremos a segunda parte do curso. Devido ao sucesso, provavelmente teremos outra turma de Tarô ainda neste semestre. Os próximos cursos do “Bona Teorias e Técnicas” já estão programados, e podem ser acessados em: www.bonachela.com.br/cursos. Aguardem novidades no blog.
Esse é um espaço para a troca de idéias e para mantermos contato.
Um abraço, Marcelo Bonachela
A pessoa neurótica
A pessoa neurótica parte do princípio de que os outros têm a obrigação de lhe dispensar atenções especiais, satisfazer todas as exigências advindas das suas inibições e conflitos. Acha que não cabe a ela cuidar de seus problemas, afinal, os outros criaram e colocaram esse mal dentro dela. Para a pessoa neurótica, tudo que possa pensar, falar ou desejar não deverá ter conseqüências negativas, pois a não satisfação desse desejo será sentida como frustração, ofensa e mais ressentimento acumulado.
O neurótico impõe uma completa isenção de responsabilidade em relação aos seus atos. Quando se sente inferiorizado, julga-se no direito de dizer e fazer tudo que ache importante, pois o mundo deveria estar a seu serviço “depois de tudo que ele já sofreu". Por vezes, percebe-se o neurótico por ser arrogante e vingativo; compelido a ofender os outros e, apesar de tudo que possa fazer aos mais próximos, acha que ninguém deveria se ofender com o seu modo de ser “explosivo” e “sincero”. Este é o famoso “eu fui criado desse jeito, quem quiser que agüente!”. A idéia de não ter nascido com sorte é o disfarce perfeito para o sentimento de inveja, cheio de ressentimento em relação a qualquer pessoa que seja mais afortunada em sua vida.
A pessoa neurótica se recusa a perceber que os outros também possuem necessidades e limitações. As necessidades dos outros nada significam para ela, ou melhor dizendo, significam mais uma vez que ele está em segundo (pra não dizer último) plano em relação ao interesse dos outros. As necessidades do neurótico devem ter prioridade absoluta. Não percebe que mantém em seu interior necessidades neuróticas. Aliás, a simples menção dessa possibilidade é recebida imediatamente como ofensa. Pode, no máximo, dar-se conta de certas expressões de impaciência e intolerância. Não gosta de pedir algo aos outros, ou de dizer ‘muito obrigado’. Entretanto, não se dá conta de que julga que, para os outros, dizer a ele um “muito obrigado” é o mínimo.
O neurótico espera obter o que deseja sem fazer o esforço necessário para conquistá-lo. Se se sente só, não admitirá que precisa chamar alguém; pois o outro tem a “obrigação” de procurá-lo. Para poder gozar de certos favores especiais, tenderá a exagerar as suas qualidades e seus méritos pessoais. Isso tudo é, naturalmente inconsciente.
Vamos tornar consciente a sua auto-percepção para que assim, você possa gozar plenamente das relações e dos momentos de sua vida?
Autor: Marcelo Bonachela
Primeiro post
A idéia de criar um blog vai ao encontro do que eu busco agora: estar mais próximo das pessoas, fazendo mais cursos e palestras, aproveitando meu novo espaço.
No segundo semestre de 2009, teremos um novo núcleo de encontros: o Bona: Filosofia & Bem-viver, com o propósito primeiro de incentivar o auto-conhecimento e a qualidade de vida, através de encontros quinzenais gratuitos.
Teremos também um novo núcleo de cursos: o Bona Teorias & Técnicas, que são cursos específicos, mais técnicos. O primeiro será sobre tarô, agora em julho.
Nos próximos posts eu vou falar um pouco mais sobre esses dois núcleos de cursos, e também quero aproveitar o blog para comentar livros, filmes, situações do cotidiano, reflexões e tudo mais que possa servir para ampliar esse diálogo.
Até mais, Marcelo Bonachela.
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