A
vida é representada por inúmeras sensações. Muitas delas repulsivas e tantas
outras exuberantes, entretanto, nenhuma se iguala ao Arco-íris.
A
beleza, o esplendor da efemeridade talvez seja o auge do exagero que,
paradoxalmente, faz perpetuar algo tão suave. Suas cores são harmoniosamente
acomodadas para nos maravilharmos.
Seus
gestos são delicados e intensos. É impossível não perceber seus movimentos e
inimaginável não sentir seu toque, uma
vez que seu toque é sentido pela alma.
A
pergunta angustiante é: O que fazer quando nos resta apenas o lindo fundo azul
da tela? O que fazer quando a suavidade das nuvens não aplaca a saudade das
vibrantes cores? Ficamos, em vão, buscando simulacros em cristais mas, nem o
mais puro vidro traz o alívio que desejamos.
E
por sinal, qual será o desejo do Arco-íris? Acredito que sua intenção seja de
levar ao coração dos céticos e materialistas a dúvida, posto que, diante desta senda
heptagonal, resta apenas sentir que o milagre é corriqueiro e que Deus é
perfeito.
Arco-íris,
sua beleza é vista em minha imaginação e em meu coração mesmo durante a gélida e escura madrugada.
Seus gestos são a encarnação de todas as divindades e, sua ausência apenas
nutre a cada dia a esperança de, afortunadamente, olhar para o céu e
contemplá-lo.
E, por fim, o seu desejo, com certeza, nunca entenderei.
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